Instituto Superior Técnico

Área de Estudos, Planeamento e Qualidade

Archive for the ‘Geral’ Category

AEP comemorou 20 anos de existência!

segunda, junho 17th, 2013

Neste mês de Junho de 2013 a AEP comemorou 20 anos de existência!

Constituído no dia 25 de Junho de 1993, este serviço foi criado com o objetivo de assessorar os Órgãos de Gestão do IST em áreas específicas que contribuíssem para o desenvolvimento estratégico da escola, através da produção e tratamento de informação que facilitasse o processo de tomada de decisão. Desde essa altura, a AEP tem-se apresentado como sede da criação de documentos de reflexão sobre o IST e a sua envolvente, pronunciando-se sobre as solicitações que lhe têm sido feitas pelos Órgãos de Gestão.

Com uma equipa de profissionais altamente qualificados, que tem sido desenvolvida ao longo dos anos através da aquisição e valorização permanente de novas competências, aproveito esta oportunidade para agradecer (aos atuais e antigos colaboradores) todo o apoio e motivação no desenvolvimento deste projeto.

O contributo do distress, burnout e do bem-estar para o absentismo e satisfação laboral

quarta, fevereiro 13th, 2013

Foi concluída em Dezembro de 2012 a tese de Mestrado “O contributo do distress, burnout e do bem-estar para o absentismo e satisfação laboral: um estudo com trabalhadores da administração pública em contexto universitário”.

Este trabalho, desenvolvido no âmbito do IST por uma colaboradora da AEP, teve como principais conclusões:

  • Burnout (stress negativo) : 1,6 (numa escala de 1 a 6) o que significa que os trabalhadores do IST se encontram no ponto abaixo da média no que se refere ao stress negativo
  • Realização pessoal: 4, 4 (numa escala de 1 a 6) o que significa que os trabalhadores do IST se encontram no ponto acima da média em termos de realização pessoal

No que se refere à incidência da Satisfação Laboral e Absentismo:

  • a satisfação apresenta um resultado de 3,39 (numa escala de 1 a 5) o que significa que os trabalhadores do IST se encontram posicionados num ponto acima da média
  • os dados do absentismo revelam uma média de 6 dias de absentismo por trabalhador nos últimos 3 meses

A Caracterização da incidência da satisfação, revelou pontos acima e abaixo da média da escala (escala de 1 a 5), designadamente:

  • POSITIVOS: colaboração e clima de relação com os colegas de trabalho (4,15); trabalho realizado (3,98); trabalho e vida no IST no geral (3, 64)
  • NEGATIVOS: perspetivas de evolução profissional (2,77); formação profissional (2,64); remuneração/benefícios sociais (2,54)

Em suma os trabalhadores do IST, apresentam:

1. Níveis elevados de:

  • Realização pessoal (4,4)
  • Bem-estar (4,4)
  • Laços emocionais (4,8)

2. Níveis de satisfação laboral ligeiramente acima do ponto médio da escala (3,39)

3. Níveis baixos de:

  • Exaustão emocional (2,0)
  • Despersonalização (0,7)
  • Ansiedade (4,5 – escala invertida, valores elevados correspondem a melhor saúde mental)
  • Depressão (4,5 – escala invertida, valores elevados correspondem a melhor saúde mental)
  • Perda de controlo (4,8 – escala invertida, valores elevados correspondem a melhor saúde mental)
  • Distress (4,6 – escala invertida, valores elevados correspondem a melhor saúde mental)

Documentos

Estudo das Atitudes e Comportamentos dos Portugueses face à Sinistralidade Rodoviária

quinta, janeiro 10th, 2013

O IST participou no projeto de Estudo das Atitudes e Comportamentos dos Portugueses face à Sinistralidade Rodoviária” no âmbito do programa Aliança para a Prevenção Rodoviária (APR). A APR é uma iniciativa da GALP ENERGIA, enquadrada na estratégia e na Política de Responsabilidade Corporativa da Empresa. Este projeto pretende mobilizar a sociedade em geral em torno da problemática da Prevenção & Segurança Rodoviária, tendo como objetivo conhecer de forma aprofundada as atitudes e os comportamentos dos portugueses face à problemática da sinistralidade rodoviária, e por conseguinte, reduzir estes índices em Portugal. Este estudo tem sido desenvolvido em conjunto com o ISCTE-IUL, estando os resultados da análise sobre as Atitudes e Comportamentos dos Portugueses face à Sinistralidade Rodoviária resumidos num relatório síntese tal como numa apresentação realizada nas instalações da Galp no dia 10 de Dezembro de 2012.

Documentos

ABSENT – Análise do Absentismo nos serviços do IST

quinta, janeiro 5th, 2012

No âmbito do QUAR de 2011 (Quadro de Avaliação e Responsabilização) e em articulação com uma das Linhas de Ação previstas no Plano de Atividades do IST (Avaliar o desempenho dos serviços) foi identificada a necessidade de analisar o Absentismo nos serviços, com identificação das principais causas e sugestões de melhoria, através da compilação e análise comparativa (horas trabalhadas versus horas de trabalho previstas nos vários serviços) da informação existente na Direção de Recursos Humanos (DRH).
O resultado final contempla propostas de melhoria, no sentido de promover a produtividade dos serviços do IST.

Consultar:

5th European Quality Assurance Forum – Building Bridges: Making sense of QA in European, national and institutional contexts

segunda, fevereiro 28th, 2011

O V European Quality Assurance Forum (EQAF 2010) foi subordinado, em particular, à compreensão e interpretação do conceito de Garantia da Qualidade em vários níveis: europeu, nacional e institucional, e de um modo mais geral, à discussão dos últimos desenvolvimentos e tendências na área da Garantia da Qualidade (GQ).

Nos últimos 10 anos observa-se um crescente nível de exigência com as instituições de ensino superior a nível europeu no que toca à Garantia da Qualidade (GQ), não só pela via da implementação do processo de Bolonha, mas também pela massificação do Ensino Superior e pela crescente necessidade de prestação de contas à sociedade por parte das instituições de ensino superior.
A adopção generalizada, em 2005, dos European Standards and Guidelines (ESG), como um referencial nesta área, foi um bom ponto de partida para esta nova etapa da caminhada da GQ, contudo, volvidos 5 anos é necessário pensar numa revisão os ESG, analisando previamente a forma como foram interpretados e implementados na prática nos vários países (as directrizes sugeriam que devem ser adaptados à realidade e legislação de cada país, para além do que as traduções podem conduzir a diferentes interpretações). Os critérios desta revisão devem basear-se na clarificação das “regras” (os ESG são muito genéricos para a criação de uma dimensão europeia) e ter 2 principais papéis: satisfação das necessidades nacionais e regionais e simplificação dos processos.
Revela-se necessário o desenvolvimento de uma dimensão GQ europeia mais forte, adoptando um espírito de corpo, por oposição a uma análise muito limitada no contexto dos sistemas nacionais sem ter presente as componentes competitividade e internacionalização. É necessário mais ambição, estratégias alinhadas, foco no esforço da GQ e pro-actividade por parte das instituições, afinal é da responsabilidade das mesmas a operacionalização da qualidade; por outro lado, é necessário dar-lhes mais e melhor orientação (Robin Van IJperen in Plenary Session I: Is there a European Dimension to QA?).
Neste fórum houve também a apresentação do trabalho “Examining Quality Assurance: part 1 – Quality Assurance Processes in Higher Education Institutions” (Tia Loukkola), que evidencia a (r)evolução desta última década neste contexto. Em 10 anos praticamente todas as instituições estão trabalhar na área da GQ, com a envolvência dos stakeholders, especialmente os estudantes, e os princípios básicos estão estabelecidos, embora ainda exista alguma falta de clarificação entre cultura de qualidade e garantia de qualidade (a cultura é muito mais abrangente que a garantia, pois a cultura é o que nasce no seio da instituição e não depende de estímulos externos).
Os principais resultados deste trabalho evidenciam que: mais 50% implementaram o sistema interno de garantia a qualidade após 2005 ou estão em fase de implementação (não existe distinção por país, dimensão instituição, excepto UK); 90% tem um documento institucional estratégico ou equivalente, onde evidenciam várias estruturas organizacionais (não existe uma solução tipo), mas metade não tem um comité responsável pela GQ; as actividades GQ cobertas englobam ensino e aprendizagem (100%), investigação (80%), ligação sociedade (50%), serviços de apoio ao estudante (75%) e governação e administração (60%); e que existem muitas actividades de GQ que não são reconhecidas ou assumidas como tal; 90% instituições analisadas têm learning outcomes mas não estão disponíveis.
No âmbito deste importante trabalho, que deverá servir como referência para o IST/UTL se posicionar a nível europeu, concluiu-se também que 70% das instituições em análise usa os inquéritos aos alunos como forma de monotorização das percepções do processo de ensino e aprendizagem e docência; sendo que 90% inclui os docentes no processo, 60% disponibiliza informação aos estudantes sobre os resultados globais e feedback loop, mas apenas 5% disponibiliza informação aos estudantes sobre os resultados do desempenho dos docentes (black hole). Foi ainda evidenciado que as instituições têm actualmente muitos elementos de input e pouco output, sugerindo que a eficiência a este nível deva ser uma aposta para o futuro.
Ao longo das sessões plenárias e paralelas foram focados alguns aspectos relevantes nesta temática e que importa evidenciar, nomeadamente:

  1. Apostar no desenvolvimento de uma dimensão europeia mais forte, adoptando um espírito de corpo, mas com maior orientação;
  2. Revela-se de elevada importância assumir a GQ como uma ferramenta, um meio para um fim, e não um fim em si mesmo, o que permitirá chegar aos resultados pretendidos e ter confiança nesses resultados;
  3. Apostar nos feedback loops e na transparência dos resultados;
  4. Estabelecer ponte GQ/Bolonha/Learning Outcomes/Workload;
  5. Desafio futuro: encontrar o ponto intermédio entre Criatividade, Diversidade e Inovação, tema central do fórum do ano anterior, e encontrar um rumo comum nos processos de GQ;
  6. É necessário garantir “one fleet, many ships, same destination”, objectivo com alguma resistência, ao contrário do cenário actual de “one fleet, many ships, many destinations” (by Peter Williams in Plenary Session I: Is there a European Dimension to QA?).

Como nota final importa salientar que no contexto português seria importante reforçar a participação e envolvimento estudantes nos processos GQ, muito para além da resposta a inquéritos, ver exemplo Espanha na apresentação “2005-2010: Five years of student participation in quality assurance in Spain by Francesc Esteve Mon et. al.)”.

Participação e texto: Carla Patrocínio e Marta Graça